WAGNER ROSSI É O NOVO MINISTRO DA AGRICULTURA

Wagner Rossi (PMDB) é o novo ministro da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa). O anúncio foi feito na tarde da última terça-feira (30), quando o ainda ministro, Reinhold Stephanes, esteve reunido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A posse está marcada para esta quarta-feira (31) na sede da Embrapa, em Brasília.

Sthephanes deixa o cargo para voltar à Câmara dos Deputados, onde ocupa uma vaga pelo PMDB.
Wagner Rossi

Aos 67 anos, o peemedebista trabalha no setor público há mais de 20 anos. Ele já foi quatro vezes secretário de governo do Estado de São Paulo. Pai do deputado estadual Baleia Rossi (PMDB), Rossi foi ainda presidente da Companhia das Docas do Estado de São Paulo (Codesp), entre 1999 e 2000.

Formado em direito pela Universidade de São Paulo (USP), com pós-doutorado nos Estados Unidos, já foi professor de várias universidades. No legislativo, Rossi ocupou o cargo de deputado federal por cinco legislaturas.

ANVISA ENCONTRA IRREGULARIDADES GRAVES EM TODAS AS EMPRESAS DE AGROTÓXICOS FISCALIZADAS DESDE 2009

Em junho de 2009 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) começou a fiscalizar as empresas de agrotóxicos que atuam no mercado brasileiro, o maior consumidor mundial desses produtos. O resultado das operações feitas de surpresa com o apoio da Polícia Federal traz preocupação. Nas seis companhias vistoriadas, os agentes encontraram irregularidades.

Segundo o diretor da Anvisa, José Agenor Álvares, foram constatados problemas desde as formulações dos agrotóxicos, que estavam fora do padrão autorizado pelo governo, até o uso de produtos com prazo de fabricação vencido. Ao todo, 9 milhões de litros de agrotóxicos foram interditados.

"Isto é grave. As empresas tinham autorização para fabricar um tipo de componente, modificavam esses componentes e não informavam ao governo. Havia produtos acondicionados totalmente fora dos padrões usuais e das recomendações, trazendo perigo aos habitantes próximos à fábrica e a seus funcionários", afirmou.

Álvares defende uma legislação mais rigorosa que iniba esse tipo de irregularidade. "Você acha que uma empresa que tem a matriz na Europa comete lá essas irregularidades que constatamos aqui? Em hipótese nenhuma, porque lá a legislação é rigorosa", disse.

PRINCIPAL VÍTIMA É O TRABALHADOR RURAL

Na avaliação do diretor da Anvisa, a principal vítima desse tipo de problema é o trabalhador rural, que não sabe com o que está trabalhando, pois a toxidade do produto pode ser bem maior que a indicada no rótulo. De acordo com dados da Fiocruz, em 2007, quando foi realizado o último levantamento, 3.306 pessoas foram intoxicadas com agrotóxicos, e 23 morreram. Os mananciais de rios também podem ser contaminados, causando sérios impactos ambientais.

As empresas fiscalizadas foram autuadas administrativamente, e a primeira multa foi emitida este mês, no valor de R$ 2,375 milhões, contra a Milenia Agrociências, filial do grupo israelense Makhteshim Agan. Numa fiscalização realizada em 2009, foram encontrados 2,5 milhões de litros de agrotóxicos adulterados nas fábricas da empresa em Londrina (PR) e Taquari (RS).

Mais cinco processos, segundo o diretor da Anvisa, estão em curso. Em outra frente, existe um cronograma de fiscalizações que será seguido. "Isso agora virou uma rotina", afirmou.

FONTE: Agência Brasil

CONVÊNIO CRIA A ESTAÇÃO EXPERIMENTAL DE AGROENERGIA VINCULADO A USP EM JAÚ-SP

Na terça-feira (23/03/2010), o governo de São Paulo anunciou a criação da Estação Experimental de Agroenergia, que funcionará na cidade de Jaú. O local terá como função ser a estrutura para realização de pesquisas nacionais e internacionais em bioenergia. A USP, mais precisamente a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), será a responsável pela gestão do local, em parceria com a Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento.
Além da Esalq, pesquisadores de todos os campi da USP poderão desenvolver atividades no local. A Estação Experimental fará parte da Rede de Bioenergia da USP, que estimula e articula atividades de pesquisa sobre a aplicação, produção e uso de energia a partir de fontes renováveis. O objetivo é desenvolver pesquisas básicas e aplicadas que assegurem a liderança do Brasil em fontes de biomassa e tecnologias da sua transformação em bioenergia.No local serão instalados o Polo de Aplicação e Desenvolvimento de Tecnologias da Agroenergia e Biomassa, o Centro de Ensino e Treinamento em Agroenergia, além de espaços para a realização de cursos de treinamento em agroenergia para pesquisadores e alunos de países da África, do Caribe e da América Latina. A parte administrativa e as salas de aula do novo centro de pesquisa serão instaladas numa área da extinta Companhia Jahuense, que foi doada à USP durante a cerimônia de anúncio da criação da Estação. É uma área de 80 mil metros quadrados já edificada.O diretor da Esalq, professor Antonio Roque Dechen, celebrou o anúncio e explicou como ocorrerá a interação entre os pesquisadores da escola e a estação em Jaú. "O núcleo da Rede Temática em Bioenergia da USP permanece na Esalq [em Piracicaba], até porque os pesquisadores envolvidos são docentes da instituição, porém, a área experimental será em Jaú, pois a estação trabalha com o cultivo de cana-de-açúcar, além do município ter usinas muito próximas, o que facilita o desenvolvimento de pesquisas na área", disse.ExpansãoA chegada da Esalq à cidade de Jaú é mais uma "perna" da ação que a unidade realiza em outras regiões do interior paulista. A variedade dos cursos oferecidos pela Esalq, aliada à necessidade de se dispor de amplas regiões para o uso das pesquisas, justifica a necessidade de expandir suas fronteiras para além de Piracicaba, a sede principal da unidade.
Reitor João Grandino Rodas durante assinatura do convênio no Palácio dos BandeirantesCidades como Itatinga e Anhembi, próximas a Piracicaba, sediam centros de pesquisa da Esalq dedicados à engenharia florestal; as estações de Anhumas e Areião, geograficamente pertencentes a Piracicaba mas distantes da sede da Esalq, abarcam outros temas como zootecnia, genética e outras."A Estação Experimental de Agroenergia de Jaú chega para fechar o ciclo da instituição que já contempla as áreas de grãos (milho, soja e trigo), de zootecnia, de genética e florestal, com as experimentais em Anhumas, Anhembi, Itatinga e Areão-Piracicaba. Incluindo a área de energia, a Escola completará um conjunto de ações, oferecendo a possibilidade para docentes e discentes aperfeiçoarem seus conhecimentos em todos os segmentos", afirmou o professor Antonio Roque Dechen, que é também coordenador da Rede Temática em Bioenergia da USP.Com informações da Assessoria de Comunicação da Esalq e das Secretarias de Ensino Superior e Agricultura e Abastecimento