
"Agroecologia é um conjunto de princípios que pode ser aplicado a qualquer tipo de agricultura. No entanto, como exige o equilíbiro do sistema para que não haja doenças e pragas e para que a gente possa usar menos ou não utilizar agrotóxicos e produtos químicos, a Agroecologia depende do aumento da biodiversidade", destaca Canuto.
Segundo ele, qualquer agricultor que aumente a biodiversidade do sistema pode estar iniciando um processo de transição agroecológica. A redução do uso de agrotóxicos e substituição posterior por produtos naturais também são considerados passos para a transição agroecológica. "O auge dessa transição é o redesenho do sistema", explica.
Ele explica, ainda, que a Agroecologia, na prática, procura fomentar processos de produção não agressivos a meio ambiente (manejo ecológico de solos, cuidados com o uso da água e manejo sustentável da biodiversidade) e que tenham potencial para a inclusão social (participação, oportunidades de trabalho e melhoria da renda).
Para o avanço da transição agroecológica, o conhecimento de tecnologias é estratégico. "É fundamental o investimento em pesquisa para dar solução aos vazios tecnológicos hoje existentes, como bem se fez com a agricultura convencional ao longo de mais de um século", afirma.
Fonte: Embrapa Meio Ambiente
Eliana Lima - Jornalista
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